
A endometriose é definida como a implantação de tecido endometrial fora da cavidade uterina. as lesões são geralmente localizadas na pelve, porém podem acometer outros órgãos tais como intestinos, bexiga e pulmões. A sua sintomatologia é variável, podendo cursar principalmente com dor pélvica e infertilidade.
O mês de março é considerado o mês mundial da conscientização da endometriose, uma doença que prejudica sobremaneira a qualidade de vida de muitas mulheres. Segundo a sociedade brasileira de endometriose ,mais de seis milhões de brasileiras são afetadas por essa doença.
A endometriose tem causa relacionada ao fluxo menstrual retrógrado( do útero para as tubas uterinas e daí consequentemente para dentro da cavidade pélvica), porém há múltiplos fatores associados para o seu desenvolvimento; fatores imunológicos, hormonais, inflamatórios, genéticos, ambientais, alimentares, entre outros.
Fatores de risco:
– Nuliparidade( mulheres que nunca gestaram);
– Ciclos menstruais curtos;
– Primeira menstruação precoce e menopausa tardia;
– Fluxo menstrual aumentado;
– Anomalias uterinas;
– Estresse;
– Alto consumo de gorduras trans/insaturadas;
– Imc baixo.
Principais manifestações clínicas;
– Dor perimenstrual
– Dor pélvica fora do período menstrual;
– Dor no ato sexual;
– Dor à evacuação no período menstrual;
– Dor ao urinar no período menstrual;
– Infertilidade.
O diagnóstico da endometriose frequentemente é tardio porque seus sintomas são inespecífico e se confundem com outras patologias ginecológicas e gastrointestinais. estudos têm reportado um atraso de 7 a 12 anos no diagnóstico das mulheres com endometriose. a doença pode ser classificada como superficial ou profunda e é caracterizada de acordo com a “constelação”de sintomas.
Não há um exame laboratorial específico para endometriose, porém a ultrassonografia com preparo intestinal e a ressonância nuclear magnética têm alta sensibilidade e especificidade. embora o diagnóstico definitivo seja cirúrgico por meio de biópsia e exame histopatológico.
O tratamento da doença deve ser instituído pelo médico tão logo haja suspeição da mesma, uma vez que é uma doença de difícil diagnóstico definitivo e extremamente deletéria para a paciente. O mesmo pode ser feito com medicação, cirurgia ou outros métodos não farmacológicos, como reeducação alimentar e atividade física, sendo sempre individualizado para cada mulher. O acompanhamento deve ser multidisciplinar, com profissionais médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos.
Quer saber mais?

Siga @dracarolinaguedes
Comments