Mastites são processos inflamatórios da mama, são muito comuns e benignos.
Dividem-se em puerperais e não puerperais. As mastites puerperais ocorrem principalmente entre a 2ª e 4ª semanas de pós-parto.
Acomete de 1 a 5 % das puérperas que amamentam. A via de disseminação é a transpapilar, alcançando o sistema ductal e/ou linfático da mama.
Agentes causadores mais comuns são os staphylococcus aureus penicilinase-resistentes, os estreptococos e os anaeróbios.
são fatores predisponentes associados à ocorrência:
- Estase láctea (mamas ingurgitadas);
- Fissuras mamilares;
- Anormalidades do mamilo (mamilo plano, invertido, etc);
- Primaridade;
- Dificuldades técnicas de amamentação;
- Má higiene;
- Infecções cutâneas mamárias associadas como impetigo e escabiose.
Terapias recomendadas:
- Analgésicos;
-Antitérmicos;
- Antibioticoterapia;
- Uso de sutiã para adequada suspensão das mamas;
- Nos casos de ingurgitamento: importante avaliação por um especialista na área de amamentação para orientação da forma correta da ordenha e para avaliação da técnica das mamadas;
Abscesso mamário:
É a evolução da mastite puerperal não tratada ou sem resposta efetiva do tratamento. Eles podem ser superficiais ou profundos. Os primeiros são facilmente identificados por áreas dolorosas, vermelhas, quentes e com ponto de flutuação que indica presença de secreção purulenta no local (área amolecida à palpação).
O tratamento consiste em uso de antibióticos, analgésicos e drenagem da loja do abscesso. Algumas vezes, biópsia da cápsula do abscesso se faz necessária.
Aqueles casos em que ocorre demora na resolução do processo inflamatório, está indicada a ultra-sonografia mamária e até a punção guiada pela imagem.
Uma patologia mamária que pode também ocorrer no período puerperal que é um diagnóstico diferencial das mastites e até de outros nódulos mamários, é a galactocele. Ea consiste em um processo não inflamatório e benigno. caracteriza-se por um nódulo, de consistência amolecida, lembrando uma massa cística.
Seu conteúdo consiste em secreção láctea devido à alguma obstrução canalicular. A conduta de rotina é a punção com seu esvaziamento e acompanhamento clínico. em raros casos, necessita sua extração por meios cirúrgicos.
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